Por Patrick Schmidt | Especial para a Hoard’s Dairyman Brasil
Quando falamos em silagem de milho, uma das perguntas mais comuns entre produtores e técnicos é: vale a pena usar aditivos? A resposta depende — e muito — da situação da propriedade e do objetivo com a silagem.
Os aditivos são produtos adicionados à forragem no momento da ensilagem com a finalidade de melhorar a fermentação, reduzir perdas ou aumentar a qualidade final da silagem. Entre os mais conhecidos estão a ureia, a casca de soja e os inoculantes bacterianos — foco deste artigo.
Patrick Schmidt, Professor Doutor da UFPR e coordenador do CPFOR, explica que os inoculantes bacterianos são os mais estudados no mundo, e funcionam como um “refinamento” do processo de ensilagem. Mas não fazem milagre: “só funcionam bem se o básico já estiver bem feito”, alerta.
Ele detalha os dois tipos principais de inoculantes:
- Homoláticos: aceleram a fermentação e podem aumentar a produção de leite em até 0,37 kg/vaca/dia. Porém, tornam a silagem mais instável após abertura do silo.
- Heteroláticos: produzem ácidos como o acético e o propiônico, aumentando a estabilidade da silagem no cocho em até 74%, mas sem impacto direto na produção de leite.
A escolha entre eles, ou pelo uso de inoculantes mistos, deve ser baseada em uma análise técnica e econômica detalhada.
Além disso, Schmidt traz dicas práticas fundamentais:
- Manter os inoculantes refrigerados até o uso.
- Diluir em água limpa, sem cloro, apenas no momento da aplicação.
- Aplicar uniformemente na saída da ensiladora.
- Evitar produtos não testados no Brasil.
Este conteúdo faz parte dos “10 Segredos do Sucesso na Silagem”, uma série especial publicada mensalmente na Hoard’s Dairyman Brasil.
E tem mais: o professor Patrick Schmidt é também o revisor técnico do livro *”Silagem de Milho: Do Solo ao Silo“, publicado pela Hoard’s Dairyman Brasil — um guia completo sobre a produção de silagem de milho com eficiência e qualidade.
O livro está disponível para venda na versão impressa. Garanta o seu agora mesmo pelo link:
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Leia o artigo completo na revista Hoard’s Dairyman Brasil – edição de fevereiro/2025, página 9.
Acesse a revista: https://revistahoardsdairyman.com.br/revistas/